sábado, novembro 09, 2013

Voltando. Será?

Não sei exatamente o porquê, mas hoje acessei meu blog (este mesmo) depois de muito tempo.
Vi vários textos de que gosto - são meus, sou suspeito - e percebi que este ano ainda não escrevi nada!
Por isso resolvi escrever este texto. Sem assunto, sem inspiração. Sem tempo, ultimamente.
Mas vou tentar driblar todas estas desculpas e escrever um pouquinho. Será que terei leitores?

segunda-feira, dezembro 31, 2012

Loteria

É impressionante! Tudo acontece muito rápido, de uma hora para outra sua vida muda completamente.
Para começar você para de fazer conta. Quer um carro novo? Compra. Importado? Não tem problema. Caro? Não muda nada...
Eu nem sabia que era tanto dinheiro. R$ 240 milhões! O maior prêmio já pago no Brasil.
E o pior é que a gente nunca imagina, nunca se prepara suficientemente. Se ganharem dois, dá cento e vinte, se ganharem dez, vinte e quatro. Até se ganharem cem, dois milhões e meio é uma grana e tanto!
Mas ninguém se prepara para ganhar um prêmio desses sozinho. Duzentos e quarenta milhões. É bonito até de falar.
Meu pai sempre dizia que, se ganhasse na loteria, não mudaria os hábitos imediatamente. Iria ajeitando as coisas devagar e, de repente, sumiria numa viagem pelo mundo. Não é má ideia.
Mas eu não conseguiria. O Dudu adora o Camaro - e nem é o amarelo - e eu vou comprar um para ele, antes de qualquer coisa. Branco, com faixas pretas adesivadas. Vou tentar a placa EDU-2304, mas isso é o de menos. O Camaro vai ser o meu jeito de dar a notícia. Chego com o carro, chamo para dar uma volta, aí "pai, que carro é esse?" - "é seu, meu filho". E ele só tem onze anos!
Não, claro que eu não vou dar o carro para ele. Mas vai ser dele também, afinal.
Depois do Camaro e dada a notícia, com a maior discrição possível vou cuidar do resto - apartamento, investimentos, ajuda aos familiares e tal.
Depois vou viajar. Muito. Até cansar.
Caraca! São duzentos e quarenta milhões! Dá para dar a volta ao mundo algumas vezes.
Depois de viajar bastante, vou escolher uns carros. Gosto de carro, mas não vou me prender muito a que carro comprar, não. Com essa grana, posso trocar quando eu quiser, então não tem problema errar um pouquinho.
Aposto que você está lendo aí e pensando: "nossa, mas é fácil! Me dá esse dinheiro que eu te digo como gastar". Ledo engano! Não é fácil, não. Já tem uns quinze minutos que estou aqui matutando e não consigo dar rumo para tudo.
Sei as pessoas que quero ajudar, algumas coisas que quero comprar, e tal. Mas são duzentos e quarenta milhões! Eu vou comprar coisas que, se bobear, eu nem sei ainda que existem.
Mas a sensação é boa. É muito boa. É do C@#@||0! Valeria até o palavrão, mas eu ainda respeito meus leitores.
Só tem uma coisa que pode atrapalhar essa sensação, e eu acho que vai acontecer comigo logo, logo.
- "Próximo!"
Eu sabia! É minha vez. Ah, como é bom fila de lotérica no último dia do ano...

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Loja de CDs


Entrei numa loja de CDs em Belo Horizonte.
Loja de CDs é um animal em extinção. Em Vitória, só me lembro de uma.
Essa de BH é relativamente pequena, mas com um mostruário inteligente que permite, com pouco espaço, ter um acervo fantástico!
Com sons antigos misturados com novidades, comerciais ou alternativos, de gravadoras e independentes. Muito legal a loja.
Como comentei com o dono, podem acusá-lo de qualquer coisa, menos de não ser eclético - motivado pela exposição dos CDs do Jethro Tull ao lado de um do Jonas Brothers.
Adoro loja de CDs e esta é muito bacana. Consegui comprar uns presentes, que ainda não posso revelar, ou os presenteados saberão de antemão, e para mim "Fino Coletivo", que procurava há um tempo, e "Pagode Jazz Sardinha's Club" e "Frederico Heliodoro", ambos instrumentais muito legais que eu não conhecia.
Por fim, saí correndo de lá, para não comprometer as finanças.

Que mala!

Embarque para Belo Horizonte. Por uma falha de comunicação, fui ao balcão fazer o check-in, que já havia sido feito. O atendente da Gol me pede para pesar minha bagagem de mão, pois o limite é de 5kg.
Questionei: "mas eu sempre viajo com esta mala e nunca precisei fazer isso", e ele respondeu que agora é assim.
Tentei argumentar dizendo que se tivesse feito o check-in no auto-atendimento não precisaria despachar. Segundo ele, não, pois eu não teria a etiqueta de bagagem de mão sem esta pesagem.
Tive que despachar, contrariado.
E embarquei com diversos passageiros com bagagem de mão maiores e mais pesadas que a minha, sem nenhuma identificação, etiqueta, etc.

Longe...

O Rio de Janeiro não para de crescer. E este crescimento vai criando novos bairros, locais, endereços. E esta fase de formação é complicada, porque você sente falta de estrutura. Aconteceu comigo...
Como meus compromissos eram todos na Barra da Tijuca, a empresa reservou para mim o Ramada, cujo endereço é, pelo menos no papel, Barra.
Mas é na Barra, perto do Riocentro, o que significa dizer que é perto de... Nada!
A Salvador Allende, que é a rua do hotel, ainda tem valão aberto no meio. Bem perto da Av. das Américas, tem algumas coisas, alguns projetos até legais, mas lá no meio, no número 500? Tem o hotel. Só!
Ah! E mosquito. MUITO mosquito.
O Bernardo, que chegou primeiro, disse que o hotel ficava no meio do nada. Eu disse que ele estava enganado, pois quando cheguei no hotel já tinha passado uns 2km do meio do nada!
Para se ter uma ideia, eu esperei meia hora por um táxi na porta do hotel. Nem taxista vai lá!
Mas... A Avenida das Américas já foi assim um dia. Vai crescer.

A propósito...
Quem também estava hospedada no Ramada Rio Centro era a dupla gordinha criadora do sertanejo universitário, César Menotti e Fabiano. 
Por quê?
O cachê dos caras não deve ser barato. Por que escolhem ficar naquele fim de mundo? Pode ser um ato de penitência. Eles têm consciência do mal que fizeram à humanidade e tentam pagar aos poucos.
Como diriam Dudu e Júlia, "só que não".

Ê povinho!

Brasileiro é um povinho...
Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim - Galeão - Rio de Janeiro.
A principal porta de entrada do país, certamente, uma vez que o Rio é o destino de 40% dos turistas internacionais que chegam ao Brasil.
Faltava muito tempo para o meu voo e a bateria do celular estava no fim, então procurei um lugar para carregar o celular sentado. O melhor que achei foram umas cadeiras próximas (4 passos, talvez) de uma pilastra que tinha uma tomada.
Coloquei o carregador na tomada, minha mala ao lado com o celular em cima e fui sentar.
Para matar o tempo, peguei meu iPad para ver algumas coisas, escrever, etc.
Num determinado momento, resolvi checar a quantas estava a carga do celular. Coloquei o iPad sobre o assento da cadeira, dei os quatro passos e olhei o nível de carga do celular.
Neste momento, um homem com seus 35/38 anos chegou perto de mim e disse: "aquilo é seu? Não dá mole, não... Tem muita gente esperta no aeroporto."
Mesmo achando um exagero - eram 4 passos, se tanto - respondi que já estava voltando, e que estava de olho.
Foi o tempo de desconectar o carregador da parede e me abaixar para colocá-lo na mala. Um casal, ela acima dos 60, querendo aparentar menos de 40 - sem sucesso - e ele acima dos 70. Sem disfarçar.
Ela deslocou meu iPad para o lado, sentou-se na mesma cadeira e começou a mexer em suas malas. Tinham outras cadeiras vazias. Mas ela se sentou ali.
Eu disse: "senhora, é meu e já vou tirar" enquanto levantava e ia em direção a eles, mas ela "não ouviu". Ao que o senhor virou-se para mim e disse: "Is it yours? Sorry."
E eu respondi: "No problem".
Peguei o tablet e fui me sentar noutra cadeira. Por via das dúvidas, not so close...

Povinho mal educado esse brasileiro, né?

Impunidade

Minha filha foi assaltada. Levaram o celular.
Passado o susto da notícia, o que só aconteceu quando a vi, e vi que estava bem, começam a revolta e os questionamentos.
Aconteceu na saída da escola. São duas escolas na rua, uma de frente para a outra, numa rua movimentada em Jardim da Penha. E não tem NENHUM policial neste local, pelo menos nos horários de entrada e saída das crianças? Será que também é assim na porta de uma escola em Santa Lúcia - e que só tem a escola e um restaurante na rua? Ou será que lá tem policiamento?
Foi o terceiro assalto a meninos naquele local na última semana - um deles perdeu a bicicleta.
Quem roubou? Um moleque, em todos os sentidos da palavra. Menor de idade, disse que estava armado - e nessas horas não dá pra arriscar. Não foi o primeiro roubo dele ali. Segundo colegas da minha filha, "todo mundo conhece ele por aqui. É drogado". Deve ter roubado para comprar drogas.
Mas o mais interessante é o que fez o receptador da mercadoria!
Esperto como poucos, pagou R$ 100,00 no celular usado. Como é um smartphone, estava logado no facebook dela. Ele começou a usar, escrever besteiras e se adicionou como amigo. Ou seja, resumindo, o retardado indicou sua foto, namorada, amigos, etc. 
Sabe o que é isso? Certeza de impunidade. Ele sabe que o celular é roubado. E sabe que nada vai acontecer se alguém souber que é ele quem está usando.
E a escola vai continuar sem policiamento. E as crianças e adolescentes em risco. E a minha revolta vai diminuindo até acabar. E nada vai acontecer...

Ética?

Estava atrasado. Isso para mim não é nenhuma novidade. E para provar a existência suprema de Murphy, pequeno engarrafamento na Fernando Ferrari. Ali, logo depois da UFES - nunca acontece...
De repente um movimento em dois carros chamou minha atenção. Um Carro de passeio e uma caminhoneta (só falo caminhonete, mas acho mais legal escrever assim). No carro menor, três homens. No maior, apenas o motorista. Este de terno e gravata e os outros de calças jeans e camisas de manga curta.
Mas o que chamou a atenção não foram as roupas, mas o movimento.
Com o trânsito parado, o senhor de terno saiu de seu carro num movimento simultâneo com o de um dos homens do outro carro, que também desceu, deu lugar para aquele e assumiu a direção da caminhoneta.
O senhor de terno, agora sentado ao carona do carro de passeio, colocou o braço para fora do carro, posicionando no teto deste um giroflex - uma daquelas sirenes de polícia. Ligada, a sirene abriu passagem para o automóvel que, assim, conseguiu levar o digníssimo passageiro a tempo de embarcar em seu voo.
O cavalheiro que saiu de casa atrasado (o outro, não eu), era oilustre prefeito eleito de Vila Velha, Sr. Rodney Miranda.
Aí começam perguntas de um leigo:
Quem seriam os três acompanhantes do futuro prefeito?
Se usaram a sirene, são policiais? Civis, talvez, por não usarem nenhum tipo de farda ou colete identificando.
Se são policiais, por que estavam escoltando o Sr. Rodney? Será que o Estado (leia-se eu, você...) paga seguranças para ele?
E se não são policiais, se são seguranças particulares e pagos com dinheiro particular, com que autoridade usam a sirene?
E para me deixar mais confuso... Ainda que sejam policiais, ou justamente por isso, por que razão usaram a sirene em prol de interesses particulares?
Não sou advogado, portanto não consigo identificar se há algum crime aqui, ou qual é o crime. Nem consigo identificar uma atitude ética - seja qual for a resposta das perguntas acima.
Exagerei?

terça-feira, dezembro 25, 2012

Lembranças

Às vezes a gente chega num lugar e aquele lugar nos faz lembrar de alguém.
E este alguém já se foi. E era alguém muito querido e que faz muita falta.
E às vezes, você estar neste lugar também faz com que as pessoas lembrem daquele alguém, e isso faz o clima pesar. 
Sábado passado, dia 22/12/12 estive no Zito. Lugar que eu freqüentei muito com meu pai, onde encontrei, como era de se esperar, grandes amigos feitos por ele. Gente que, certamente, quando me viu lembrou dele.
E o clima não pesou nada!
Clima bom, samba animado, gente pra cima. Como tinha que ser. Como seria se ele estivesse ali - ou quase.
Aí eu descobri  algo muito óbvio: que lembrar do meu pai nunca vai ser triste. Porque as minhas lembranças dele não são tristes.
E assim fica difícil até chorar de saudades, pois eu vou sempre lembrar de coisas boas, e isso vai me deixar feliz.
Feliz pelo que ele foi e representou na minha vida, pelo que ele conseguiu fazer na vida dele e na de muita gente.
E descobrir isso também me deixou muito feliz.

Susto

Tomei um susto!
Quando vi a data do meu último post aqui no blog: novembro de 2011. 
Eu não parei de escrever - escrevi menos - mas parei de postar.
Por isso vão aparecer alguns textos que podem parecer fora de contexto, mas não vou guardá-los - pra quê?
Espero que, ainda assim, agradem.