segunda-feira, maio 23, 2011

Rio

Como é bonito chegar ao Rio pelo Santos Dumont, não?
Difícil expressar isso em palavras. E olha que eu não sou nenhum grande fã do Rio - claro que acho a cidade linda - mas a chegada é belíssima.
Mais ainda num fim de tarde de céu claro, como cheguei dessa última vez.
Agradável! Acho que é a melhor palavra.

domingo, maio 22, 2011

Medo de avião?

Você já foi à Bahia, nega? Não?
E de Vitória para o interior de SP voando de Trip?
Pois é. Eu fui. Interessante a viagem.
Não tenho medo de voar - nenhum mesmo. Mas a sensação do vôo em aeronaves menores é muito diferente.
Voei o primeiro trecho num Embraer 175 e o segundo num ATR-42.
O primeiro está na categoria de jatos, voa a mais de 900km/h numa altura de até 41 mil pés e leva 86 passageiros.
O segundo é o chamado turboélice - isso mesmo, daqueles que têm hélices nas asas -, voa a 450km/h a 25 mil pés levando de 45 a 48 passageiros.
O jato é menor que os que eu estava acostumado, e no vôo ele balança um pouco mais. As mudanças de direção ou altura parecem ser mais sentidas.
O turboélice... Bom, aí as diferenças aumentam bastante.
Menor ainda do que o jato, é claro, balança desde a decolagem. E eu não sei se por voar mais baixo ou se é cisma, mas a impressão que tive foi de um desafio perene durante o vôo - parecia que ele não devia estar ali, que não conseguiria, mas insistiu. Isso não soa encorajador, né?
Na verdade, eu lembrei de algumas situaçōes de filmes de aventura, o que nunca é bom quando você está num avião. Mas a decolagem com a impressão de instabilidade ainda no solo lembra aqueles bimotores que fazem vôos clandestinos pela América do Sul. O interior do avião - pelo tamanho e sensação de aperto, não pela conservação ou tecnologia - lembra aviōes mais antigos. Subindo, passamos por nuvens e a luz meio azulada piscando criava um efeito junto a elas que pareciam aqueles cenários de vôos turbulentos em meio a tempestades - a luz azulada remetendo a raios e o balanço comum da subida à turbulência daquelas situaçōes. O barulho incomoda - principalmente se você está lá na frente, pertinho das hélices, como o marinheio de primeira viagem que vos escreve - e reforça a impressão de que trata-se de um vôo sacrificante.
Ainda assim, eu não senti medo. De verdade.
E a melhor parte da viagem ficou por conta do serviço de bordo, que me surpreendeu, pois confesso que embarquei esperando amendoim e barrinha de cereais - e olhe lá!
Massa, palitinhos de frango empanados e docinhos no primeiro trecho e um lanche com pãozinho, queijo branco e peito de peru na sequência. Muito bom.
Viajarei mais de Trip.

Adoro futebol.

Dia desses precisei de alguns minutos para entender algo que não é, definitivamente, uma novidade: eu adoro futebol.
Já tive essa constatação diversas vezes, como a primeira vez que fui ao Mineirão, por exemplo. Era menino. Tinha mudado há pouco tempo para Belo Horizonte e não torcia para os times de lá. Fui com um vizinho e os filhos dele assistir justamente um Atlético X Cruzeiro e fiquei na arquibancada. Meio do primeiro tempo eu já gritava o nome do time, xingava o juiz e o adversário, empolgado com a festa da torcida. Continuei não torcendo para nenhum dos dois, mesmo depois disso, e percebi que ali eu estava torcendo era pelo futebol.
Mas essa outra história aconteceu recentemente.
Para quem não sabe, moro bem próximo ao campo do Santa Cruz, aqui em Vitória. Num sábado pela manhã fui deixar o carro para lavar e ao voltar andando passei ao lado do campo, onde acontecia um jogo entre o Santa Cruz e outro time que não sei o nome.
Eram garotos, deviam ter entre 15 e 17 anos, e eu não conheço (pelo menos não reconheci) nenhum deles - nem do time da casa e nem do visitante.
Parecia um jogo de campeonato ou algo assim - uniformes, juiz, súmula, treinadores agitados na lateral do campo, torcida e o escambau!
Enquanto eu caminhava ao lado do campo - a grade de proteção de um dos lados é a divisa com a rua -, o lateral esquerdo tentou um lançamento em profundidade para o atacante daquele lado, mas a defesa tirou a bola para lateral.
Parei pra ver.
Cobrança efetuada, o atacante recebeu, tirou um adversário da jogada quando ajeitou a bola para a perna direita e finalizou. Firme, mas sem a direção ideal, o chute saiu ao lado do goleiro, que só acompanhou.
Pois é. Nem foi gol, nem uma grande defesa. Não vi uma jogada de craque. Não tive a impressão de ter encontrado uma nova promessa para o futebol brasileiro. Nada disso.
Mas parei por alguns minutos e fiquei acompanhando. Tive ímpeto de ficar e ver mais, mas tinha jogo de Beach Soccer na TV. Qualquer sábado desses eu volto.

Futebol é ou não uma caixinha de surpresas?

No dia 11 de maio de 2011, uma quarta-feira, o Flamengo foi desclassificado da Copa do Brasil pelo Ceará e o Palmeiras pelo Coritiba.
No dia seguinte o Vasco sofreu bastante para se classificar contra o Atlético Paranaense e o São Paulo caiu diante do Avaí.
Já virou senso comum dizer que não existe mais bobo no futebol, e que camisa não ganha jogo, mas numa análise fria e considerando história dos clubes, as chaves deveriam ter resultados diferentes, certo?
Importante ressaltar que o Palmeiras, por exemplo, perdeu para um Coritiba que, até então, era disparado o melhor time do Brasil em resultados - 29 partidas invicto e uma sequência de 24 vitórias consecutivas no ano, um recorde. Mas era o Palmeiras do Felipão e, cá entre nós, SEIS a zero não se justifica.
Mas eu reparei uma outra coisa nesses resultados. Entre os quatro treinadores classificados, estão o Mancini e o Silas, demitidos há pouco tempo por Vasco e Flamengo respectivamente. Neste, trocado pelo atual treinador.
E se o Vasco não tivesse se classificado (o que quase aconteceu), teríamos no grupo ainda o Adilson Batista (ATL-PR), recém dispensado pelo Santos. Seria ainda mais "interessante".

Enquanto isso, Sir Alex Fergusson vai decidir a UEFA pelo Manchester contra o todo-poderoso Barça. E, pasmem, não deve perder o emprego se perder o título!
E para ficar nos menos famosos, Kenny Dalglish teve seu contrato renovado com o Liverpool por mais três anos após o fim do campeonato inglês. O time dos Beatles ficou em quinto.
Ainda para ilustrar, o quinto colocado do Brasileirão 2010 já teve três treinadores diferentes só este ano (e ainda estamos em maio). Trata-se do Atlético Paranaense, que já teve em seu comando entre grandes treinadores nada menos que o alemão Lothar Matthäus (2006).

Pois é... Enquanto se discute taça de bolinhas, nossa bolinha vai ficando cada vez mais murcha por falta de profissionalismo.