domingo, novembro 28, 2010

Fórmula Mágica

Ontem, por acaso, encontrei três corretores ao mesmo tempo num mesmo produto na região da Praia do Canto.

O que pode parecer um fato simples me deixou ainda mais animado e achei interessante citar, pois é um sinal claro para os muitos céticos de plantão de que o mercado imobiliário não está parado – pelo contrário. E os clientes comprarem ou não os apartamentos que viram não tira a força deste fato.

Quem lê o blog já deve ter notado que evito falar de mercado imobiliário. Prefiro tratar de assuntos e opiniões mais pessoais, até mesmo para que qualquer coisa que eu diga não se confunda com a opinião da empresa onde trabalho e que, querendo ou não, represento de alguma forma.

Aliás, isso é um ponto que deveria ter maior atenção das empresas. Num post aqui no blog, de julho de 2007, citei uma frase do Sergio Zyman e vou repeti-la: “tudo comunica: tudo o que se faz ou deixa de fazer, ou que se diz ou deixa de dizer”.

A frase é do livro “Propaganda que Funciona” e o post onde ela é citada – e que fala um pouco mais deste assunto – é o texto “Comunicação e Profissionalismo” (link) que também foi publicado na revista “Pão & Sabores”.

Hoje em dia virou moda falar em administração de redes sociais – isso certamente tem um nome em inglês que eu ainda não ouvi ou não me lembro agora. Quer dizer, as pessoas querem monitorar de alguma forma o que as redes sociais estão falando sobre determinada empresa.

Preparem-se para uma surpresa incrível: redes sociais não falam. Oh!

Aliás, antes de qualquer coisa, eu odeio o termo “redes sociais”. Já disse isso antes.

Mas elas não falam. Pessoas falam. Ou escrevem, ou “tuitam”, ou “postam”... E o que as pessoas falam de uma empresa é, necessariamente, uma reação a algo que a empresa comunicou antes. E aqui é preciso entender comunicação na amplitude que trata o Sergio Zyman. Ou seja, mesmo o que a sua empresa deixou de dizer ou de fazer pode ser a mola propulsora de uma reação em cadeia de clientes, futuros clientes e clientes em potencial (eu tinha escrito prospects, mas cansei de aspas e itálico neste texto).

O que a internet tem a ver com isso? Nada. Mas ao mesmo tempo tudo. Acontece que com a facilidade cada vez maior de acesso à rede mundial, as pessoas se relacionam com mais pessoas ao mesmo tempo e este tempo é cada vez menor. Isso significa que uma bola fora da sua empresa em Vitória/ES não demora a se espalhar e chegar a outras cidades, outros estados e outros países. Da mesma forma, uma boa ação também pode se espalhar e trazer resultados positivos.

Aí aparecem os grandes marqueteiros com suas fórmulas mágicas cheias de termos em inglês e siglas inovadoras para oferecer soluções para este impasse da vida moderna. Empresas especializadas nisso. Novas funções, novos profissionais, novas carreiras, e quase sempre novos gastos. Tá bom, investimentos. Mas o problema nem é esse.

A questão é que não importa se você administra suas redes sociais, se tem uma pessoa ligada em todas as mídias o tempo todo monitorando o que se fala, se você não faz por onde ser bem falado.

E aí não é só de comunicação (leia-se publicidade, assessoria de imprensa, RP, editoriais, etc.) que estamos falando, mas de toda a comunicação da sua empresa. Das experiências que seu cliente tem quando interage com você, seja por internet, por telefone, no ponto de venda físico ou principalmente consumindo seu produto ou serviço.

Em resumo, se você quer fazer um bom “marketing em redes sociais” (outra febre do momento), eu tenho uma fórmula mágica, que deixarei a seguir, resumida na frase de um grande filósofo dos nossos tempos – não sem antes contar uma breve história da mesma.

O Galvão é um analista de sistemas (nem sei se ainda se usa o termo, mas ele é formado nisso, então...) muito competente e antes disso um grande amigo. Trabalhamos juntos na época em que eu achava que poderia ser um dia analista de sistemas também. Todas as vezes que ele me dava dicas para resolver alguma rotina que não estava funcionando ou coisas do tipo, repetia esta frase, que pode ser uma luz para muita gente: “Faz certo que dá certo”.

domingo, novembro 07, 2010

10 de outubro

É a data do meu último post.

Se não me engano é também dia do aniversário do Barbieri – aquele que foi vice-diretor do Marista na época que estudei lá. Minha memória é meio esquisita, pois tenho dificuldade de guardar algumas coisas e de repente encontro coisas assim, que já não fazem parte do meu dia a dia. Tá bom. À medida que a gente vai ficando velho as memórias mais recentes se perdem rapidamente e as mais antigas vêm à tona, né? Nem comento...

Alguém aí tem notícias do Barbieri, aliás?

Eu sei que é quase um mês sem escrever e isso me incomodou um pouco. Quase uma crise de abstinência. Porque os assuntos apareceram, várias coisas aconteceram que eu queria comentar, mas não parava para escrever. Agora, não sei sobre o que escrever.

Talvez um pout-pourri. Juntando a bolinha de papel do Serra com aquela coisa ridícula de um coordenador de escola fazendo revista em meninos de quinta série para procurar o cartão de passe escolar da professora. E juntando isso com o mesário sem noção querendo aparecer mais que a Dilma e ainda vários assuntos de futebol.

Futebol teria que ter um capítulo à parte, porque é uma caixinha de surpresas mesmo. Em formato de pout-pourri: lembram que o Dorival foi demitido do Santos por tentar colocar alguma disciplina no Neymar? Assumiu o Atlético Mineiro, que foi deixado na zona do rebaixamento pelo Luxemburgo – esse mesmo que diz que vai fazer chover lá naquele time. Aliás, ele entrou naquele time no lugar do Silas, que quando veio tinha deixado o Grêmio exatamente na zona do rebaixamento. E por sinal, os dois foram contratados ganhando mais do que o Andrade, técnico então campeão brasileiro, pediu de salário para ficar. Mas voltando ao Dorival, desde que assumiu o Galo, este saiu da zona do rebaixamento por duas vezes. A primeira, justamente na rodada em que o Neymar perdeu um pênalti e a segunda agora, jogando contra o Santos.

E o Ronaldo? E o dinheiro do Corinthians? Os caras por lá tem o toque de Midas, ou o gordinho é o próprio. O Parque São Jorge virou ponto turístico em São Paulo, só pra ver o cara. E agora ele entrou com essa de que vai jogar todas as partidas até o limite para ajudar o Corinthians e tal. O cara tá com o mesmo peso que eu e a mobilidade bem parecida, mas deixam ele sozinho na área... Mas o que me impressiona mais é que ele sabe jogar com a bola e com a imagem – e parece estar muito melhor assessorado agora. Não tem mais escândalo, não tem mais aquelas reportagens falando do peso dele. Ele já é o herói do time e, se o Timão ganhar o campeonato, vai virar Rei.

E a arbitragem do Brasileiro continua sofrível. Nem dá pra reclamar como torcedor, porque os caras estão prejudicando todo mundo. Aquele do São Paulo e Cruzeiro, um lance que não foi falta, fora da área, e o cara deu pênalti foi o mais emblemático, mas está longe de ser excessão! Todo mundo foi prejudicado em algum momento e nenhum árbitro se salva este ano. Quer dizer, todos se salvam e esse é o problema.

Abusei do espaço para o futebol, né? Virou um post só de futebol. Mas tinham outros assuntos para tratar. Alguns de cujos fatos não me lembro bem, então vou citar e se preciso volto nos assuntos depois.

Por exemplo, uma matéria da Veja tratando de um empresário que afirmava ter pagado parte de uma propina combinada com o pessoal lá da Casa Civil (Erenice e Cia.). Eu até achei a matéria boa, só não vi ninguém pedindo a prisão (ou a punição que for prevista em lei) para o corruptor. Quer dizer, se o cara admitiu ter feito o pagamento, tem que correr atrás de quem recebeu, provar que recebeu e prender, mas ele como agente da corrupção já deveria ser preso imediatamente, não? Esquisito.

Esquisito também um assunto que a Miriam Leitão levantou dia desses sobre o Arquivo Nacional e o Superior Tribunal Militar (STM), que está no blog dela (clique aqui para ler na íntegra) e que foi objeto de uma coluna da própria na CBN.

Vou usar as palavras dela a seguir, mas acho que vale a pena conferir o blog no link acima. Segundo a Miriam Leitão, “(...) alguns jornalistas procuraram informações do processo da então candidata Dilma Rousseff, mas o STM pegou os documentos, colocou no cofre e disse que ninguém poderia ter acesso. (...) A Folha de S.Paulo, que quis ter acesso a esse documento, foi ao STF pedindo para decidir se o STM tinha o direito de trancar os documentos. Mas o Supremo arquivou o pedido do jornal. Fica-se sabendo que o Supremo acha que o STM está acima dele. Isso tem a ver com direito constitucional de acesso à informação.”

Isso tem a ver com censura, com ditadura, com inércia da população frente a tudo que vem acontecendo e também tem a ver com falta de esperança para o Brasil. Mas eu nem estou a fim de discussões tão profundas agora – talvez num próximo post.

Aliás também não quero discutir, mas preciso citar a minha... sei lá o quê... com a história da professora de 33 anos, casada, que tem um caso com uma de suas alunas, de 13 anos. Fiquei estupefato. O mundo está acabando. Não, não me chamem de careta.

Para falar de coisas boas, neste mesmo período que fiquei sem escrever aconteceu o meu aniversário. Eu adoro meus aniversários, mesmo quando não faço festa, como foi este ano. Gosto de receber as ligações de parabéns, algumas surpreendentes, todas agradáveis. É bem verdade que gosto cada vez menos de completar anos, mas ainda gosto dos meus aniversários. Acho que estas duas coisas não deveriam ser tão ligadas assim. A gente podia fazer aniversário uma vez por ano, mas só aumentar a idade de quatro em quatro anos, por exemplo. Ia ser bem legal.

E por falar em ficar velho, ando pensando que, ao contrário do que se diz, o futuro está nas mãos dos mais velhos. Ou que eles (eu deveria usar “nós” aqui?) são imprescindíveis para um futuro melhor. Mas neste assunto eu volto depois.

Enfim, fui dar uma lida no que escrevi e percebi que além de muito grande, o texto está confuso. Vai assim mesmo. Volto logo!