sábado, novembro 19, 2011

Ficção

Era a primeira vez que andava num daqueles. E justamente na primeira vez pegou uma poltrona virada de costas – isso mesmo, no sentido contrário ao caminho feito pelo ônibus.
Primeiro achou estranho, ficou com medo de enjoar, ainda mais que estava lendo um livro de teoria, meio chato.
Na medida que o caminho acontecia ele começou a achar interessante. Não se sentiu mal e estava vendo as coisas por outro ângulo. Não falam que devemos ter um olhar diferente sobre as coisas? Think out of the Box e outras baboseiras de autoajuda?
Pensou nessas frases feitas mais divertindo-se do que acreditando, mas gostava da sensação diferente.
Na verdade, qualquer coisa seria legal, pois a viagem havia sido extremamente produtiva e ele estava voltando para casa cheio de boas notícias que iriam mudar sua vida profissional e pessoal.
Estava tão feliz que nem ouviu o barulho da frenagem de um caminhão que perdia o controle e atravessava da pista ao lado para a sua, na contramão.
Tão distraído que nem ouviu o barulho de vidros se quebrando e ferragem sendo amassada e retorcida, do caminhão em choque com o seu ônibus.
Feliz e distraído demais para perceber que o impacto daquela ferragem toda na nuca causaria sua morte imediata.

Acordou assustado. Guardou o livro e, por via das dúvidas, trocou de lugar.

Airport Bus Service

Várias vezes eu sugeri, mas nunca tinha usado.
Dessa vez, para encaixar agendas com clientes e os deslocamentos, cheguei a São Paulo por Guarulhos e voltaria por Congonhas, com uma reunião na região da Paulista entre eles.
Resolvi ver como é o tal serviço de ônibus oferecido – não é o gratuito, pois cheguei por uma companhia e voarei depois por outra. Estou digitando o texto a bordo do ônibus e, a princípio, apesar da mocinha do guichê ter me sacaneado e me colocado de costas, bem no “Espaço Escritório”, mesmo o ônibus estando absolutamente vazio, até agora me agradou.
Confortável e prático, além de bem mais barato, claro. Como tenho duas horas até a próxima reunião, vai dar tempo tranqüilo.
Recomendo.

Não é futebol, é política...

Como eu disse há poucos textos atrás que tinha que parar de falar de futebol, o tema é Copa do Mundo, mas a abordagem não é futebolística, ok? Acho que falando de política eu crio menos problemas com meus leitores – e são tantos...
Ouvi no rádio há pouco tempo e teria que pesquisar melhor para confirmar as informações, mas parece que a FIFA, como retaliação a algumas atitudes da presidente Dilma Roussef, tirou Porto Alegre da Copa das Confederações.
Para quem não sabe, no ano anterior ao da Copa do Mundo existe uma competição chamada Copa das Confederações, menor, claro, que acontece no mesmo país que sediará a Copa do ano seguinte.
A justificativa da FIFA para tirar o Beira-Rio (estádio do Internacional de Porto Alegre) da lista daqueles que sediarão jogos da Copa das Confederações e consequentemente tirar da cidade oportunidades de arrecadação e etc foi de que as obras estão atrasadas.

Pergunto: qual o estádio que está com as obras em dia? Maracanã? Mineirão?

Resposta fácil: o Itaquerão. Não conhece? É aquele estádio que vai ser construído com o dinheiro do contribuinte – o seu e o meu, inclusive, em algum momento – mas que depois da Copa vai ser do Corinthians. Isso mesmo, dinheiro público para atender a um clube.
E é aquele Corinthians cujo presidente é amigo pessoal do LULA e está praticamente garantido na presidência da CBF quando o safado do Ricardo Teixeira assumir a presidência da FIFA, com as bênçãos do sogro e do próprio Blatter.
E nada melhor para alavancar a campanha do que o sucesso de um Campeonato Brasileiro conquistado na sua gestão – quando falo da entrega do campeonato, é por isso – e um super estádio que o time com a maior torcida do estado e uma das maiores do país nunca teve.
Só para lembrar, o São Paulo queria reformar o Morumbi – COM DINHEIRO DO CLUBE – para este ser o estádio dos jogos da copa na terra da garoa, mas a CBF vetou. Achou melhor construir um estádio novo, com dinheiro da população.
Quando o Rogério Ceni foi a público falar que a escolha da CBF era porque na reforma do Morumbi não daria para desviar verba e pagar propinas, ninguém deu importância. Mas ele falou e talvez você nem tenha visto essa matéria nos jornais ou TV, certo?
E, numa COINCIDÊNCIA incrível, no meio deste jogo político, o Sr. Ricardo Teixeira “desdisse” a posição oficial da entidade máxima do futebol brasileiro, voltou atrás na questão do título de 1987 e mandou (sem ter autoridade para isso, claro, tanto que não se cumpriu) entregar a taça de bolinhas ao FRAmengo.
E antes que pareça pura implicância, você que é FRAmenguista saiba que ao comemorar o título que vocês não têm vocês estão, na verdade, apoiando abertamente a perpetuação dessa safadeza que existe no futebol brasileiro, coisa do naipe do Eurico Miranda pra baixo, com virada de mesa e etc. Ou seja, a Patrícia Amorim, que eu pensei que viria com a intenção de ajudar a moralizar aquela palhaçada que é o futebol carioca, chegou chutando a ética para o lado e fazendo politicagem apoiada por uma massa enorme – e disforme em termos de consciência e ideias. Uma pena.

Mas o que o Inter, Porto Alegre e a Dilma têm a ver com isso?
Acontece que no Rio Grande do Sul está a base de apoio e votos da presidente Dilma – ela é gaúcha – e deixar que tirem um evento como esse de lá pesa contra ela.
E na época que o presidente da República era o amigo do André Sanchez, FIFA e CBF negociaram na base da palavra (e certamente de malas e cuecas cheias de dólares), algumas “concessões” com o governo para o período e cidades da Copa. Concessões absurdas que representam retrocessos e podem fazer da Copa um verdadeiro desastre, mas que a FIFA não abre mão. A Dilma resolveu peitar – começou a não cumprir os tais acordos que o ex-presidente corintiano fez e, em represália ao seu lampejo de consciência e civilidade, a FIFA, orientada de perto pelo seu futuro presidente, simplesmente puniu a presidente prejudicando o estado onde ela tem a base eleitoral.

Acha que estou viajando? Acha que é teoria da conspiração demais? Eu não acho.

Medo de voar

Você tem? Eu, não. Já falei disso aqui antes, acho.
Mas isso não quer dizer que eu seja um cara extremamente corajoso. Só penso que, se alguma coisa for acontecer, não há absolutamente nada que eu possa fazer, certo? Então faço como disse a então ministra, relaxo e... Aproveito.

Esses dias, pousando no Rio, Santos Dumont, o rapaz ao meu lado comentou “essa aterrissagem aqui é uma viagem, né?” – e a intenção dele não era o trocadilho. Eu respondi que “é muito bonito, mesmo” e ele completou com um tenso “bonito e perigoso”. Eu ri. E comentei ainda sobre Ilhéus, que tem uma situação similar e ele concordou, pois também conhece. Acho que não ajudou muito, ele continuou tenso até o avião chegar ao solo – com as rodas, claro.
Nunca penso nisso. Sempre que chego ao Rio pelo Santos Dumont só consigo ver a beleza daquela região e do pouso em si. E parece que em aeronave pequena como a que estávamos dessa vez, a aproximação é um pouco mais , digamos, emocionante, menos direta. Para ele, isso significa mais medo. Para mim, mais chances de vislumbrar a paisagem.

Maringá

Estive em Maringá e fiquei muito bem impressionado com a cidade.
Com a economia bastante dependente do agronegócio (principalmente cana), mas ao mesmo tempo um pólo atacadista de moda, a cidade é extremamente agradável.
Vias largas e bem sinalizadas como numa grande cidade, com canteiros floridos e bem cuidados, como numa cidadezinha do interior.
Prédios altos, modernos e bonitos principalmente no centro da cidade, mas um crescimento periférico horizontal, com condomínios de casas e muitas casas de rua também.
Praças e parques espalhados pela cidade toda, muito verde nas ruas e um comércio intenso. Entre eles, uma Vila Olímpica, como é chamado um grande complexo esportivo, que tem entre outras coisas piscina com raia e velódromo.
E, para coroar, a informação de que a cidade não sofre com problemas de segurança.
O aeroporto, afastado da cidade, é pequeno, mas muito bem cuidado e parece que atende bem o fluxo regional. Mesmo assim já estão pensando em ampliar.
Dá a impressão de uma cidade bem planejada e que não abandonou o planejamento – continua crescendo e se preparando para isso passo a passo.
Uma agradável surpresa.

Voando no Brasil III

Quando comentei com o Galvão – para quem não conhece, um grande amigo que hoje mora nos Estados Unidos – que faria uma viagem de mais de 4 horas ele me perguntou se eu iria para a China. Não, Maringá.

Num primeiro momento parece só uma piadinha, mas não é tão engraçada assim.
Ele voa quase toda semana dentro dos EUA e um tempo desses de vôo parece absurdo.
Acontece que a nossa malha aérea ainda é muito ruim. Tenho muito medo dos grandes eventos internacionais. O trânsito de pessoas no período da Copa do Mundo vai ser um sofrimento à parte, com certeza.
Ah!, e 2014 é amanhã, ta?

Voando no Brasil II

Por falar em TAM, tenho que contar do meu problema com a companhia aérea de Marília, na minha última viagem.
Depois, aliás, vou falar da viagem, que foi muito legal.
Voltamos juntos, meus pais. Fabiana e eu, o que deve ter totalizado uns 8 a 10 volumes de bagagem. Algumas comprinhas, claro.
Descemos na chuva em Vitória. E não quero dizer apenas que estava chovendo, descemos e tomamos chuva no trajeto até o Puxadinho de desembarque do aeroporto de Vitória. As sombrinhas tinham acabado. Interessante, né? Será que eles não sabem quantas pessoas tem no avião?
Bom, depois da chuva e daquela espera longa pela esteira de bagagens, duas das nossas cinco malas não apareceram. A esteira parou e nada.
Uma funcionária da TAM então nos atendeu e disse, cheia dos discursos prontos, que abriria um processo para entender o que houve, ou localizar a bagagem, enfim, uma série de baboseiras longe demais do que queríamos ouvir, que poderia ser algo simples como aguarde um minuto que nós vamos resolver o seu problema. Não. O discurso é do tipo “vou estar abrindo um processo e a companhia tem até x horas para estar dando uma posição para o senhor” – assim, com todos os gerundismos possíveis.
Briguei, é claro! – os presentes das crianças tinham ficado pra trás, oras!
E acho que só pela minha insistência e impaciência clara ela prontamente localizou a bagagem – simplesmente não foi embarcada em São Paulo, apesar de ter sido despachada junto com as demais.
Menos mal, eles colocariam no próximo vôo, que chegaria em Vitória dali a algumas horas e, se eu quisesse, poderia ir buscar no aeroporto ou eles levariam na minha casa no dia seguinte.
Briguei de novo! Quem é o responsável?
E ela me levou para o balcão, que deveria ser um balcão específico de reclamações, devidamente sinalizado, de acordo com a legislação, mas não era. Meu sogro, que tinha ido nos buscar, lembrou a lei, e uma das funcionárias da TAM foi buscar a “sinalização” – uma plaquinha colocada sobre o balcão. Esse é o nosso aeroporto!
Eu disse a ele que a TAM não queria resolver meu problema, pois eu viajei pela TAM naquele dia e eu queria a minha bagagem na minha casa no mesmo dia. A resposta, como sempre padronizada e muito longe de visar a solução do problema do cliente, foi que ele não poderia levar no dia, pois o procedimento não era aquele.
Eu perguntei, então se fazia parte do procedimento esquecer minha bagagem no aeroporto onde eu embarquei, e como não tem resposta padrão para isso, ele simplesmente disse que não, é claro. Foi quando eu indaguei: “quer dizer que vocês podem fugir do procedimento para me prejudicar mas não para me ajudar? Fogem do procedimento para me causar um problema mas não podem fazer o mesmo para solucionar o problema que vocês causaram?”
Mais uma vez sem resposta padrão, ele me ofereceu registrar uma reclamação. “Mas você não se apresentou como o responsável pela companhia aqui? Vou reclamar para quem? Ou quem, neste caso, é o responsável?”

Resumo da história, não consegui o que eu queria, que era a TAM levar a bagagem na minha casa, mas meu sogro voltou e buscou no mesmo dia.
E, além de escrever aqui no blog, não tomei nenhuma atitude. Quando isso vai mudar – a falta de respeito das empresas pelos consumidores e a postura do consumidor brasileiro de não reclamar, não exigir seus direitos como deveria?

Voando no Brasil I

Dia desses elogiei a Trip. Mas hoje tenho umas pequenas críticas.
Comprei uma passagem de Vitória para Maringá (PR). São três vôos diferentes – de Vitória para o Rio (SDU), dali para Curitiba e depois para Maringá. Na mesma aeronave.
Eu comprei uma passagem Vitória x Maringá, certo? Por que eu tive que trocar de lugar em cada uma das pernas do vôo?
Quando fiz meu check-in em Vitória, a moça me perguntou se queria janela ou corredor e escolhi corredor, pois sou gordo – a gente fica com mais espaço. Ela emitiu o bilhete do primeiro trecho com lugar no corredor e os três outros na janela. Eu nem percebi, não sabia nem que trocaria de lugar. Só vi depois que já tinha embarcado, aí já era...
Nas duas primeiras poltronas que sentei, aquele ar condicionado direcional sobre a poltrona não estava funcionando. E como o vôo não era direto, fez calor. Na terceira, funcionou, mas na terceira eu não fiquei no aeroporto esperando um tempão com o sol quente em cima. Mudou pouco.

Mesmo com isso tudo, ainda acho que a Trip é melhor que TAM e GOL.

Royalties – os fins justificam os meios?

Acho o movimento pelos royalties muito justo e importante para o nosso estado. Não entendo 100% o problema, mas sou a favor de RJ e ES e acho difícil me convencerem do contrário.
No entanto, tenho uma curiosidade: de onde vem o dinheiro para fazer do movimento popular um grande comício, com shows e personalidades, inclusive de nome nacional?
E, pior, para onde vai este dinheiro? Porque deve ter corrupção e desvio de verba nisso também!

Mais uma perguntinha: é legal pendurar galhardetes nos postes da Av. Dante Michelini? Quer dizer, se eu quiser fazer o mesmo para divulgar um determinado produto, eu posso? O código de postura permite?

Será que algum de vocês, lendo meu blog, sabe as respostas?
Ou será que a resposta para todas estas perguntas é: os fins justificam os meios?
Será?

Preciso parar de escrever sobre futebol.

Adoro o assunto, gosto de escrever a respeito, mas não está “vendendo bem”.
Acontece que eu sou um cara muito mal relacionado (rsrsrs) e tenho torcedores de outros times que não o meu como leitores. E são uns torcedores bem fajutos, pois não gostam do que escrevo, mas também não têm sequer meio argumento para rebater.
E tem outra coisa também, que admito: ninguém agüenta tanto texto sobre futebol o tempo todo, a menos que seja fanático, como eu.
E o pior (ou melhor) é que são pessoas de quem eu gosto e que respeito e quero tê-las lendo o meu blog e fazendo seus comentários.

Dúvida cruel...

Façamos o seguinte: vou me esforçar para tratar de outros assuntos. Na pior das hipóteses, no início de dezembro o campeonato acaba e eu darei uma trégua.

Aguardem e confiem!

Textos Longos

Andei analisando e criticando meus próprios textos e os achando longos demais.
Depois pensei melhor. Não estão longos, não, nós é que estamos cada vez mais preguiçosos. Para ler e escrever.
As pessoas não têm mais disposição de ler um livro. Alguns passaram a ler blogs, onde os autores escrevem textos mais curtos (eu também).
Por fim, chegamos ao twitter. 140 caracteres? Até contos de twitter inventaram!
Para seguir a onda e falar pouco do assunto, vou resumir numa palavra: preguiça.

Campeonato Brasileiro 2011 - a entrega

Ridículo. Os envolvidos deveriam ter um pouco mais de cuidado e habilidade para disfarçar a entrega do campeonato brasileiro para o Corinthians. No mínimo deveriam ter mantido a festa final do campeonato, onde o campeão recebe a taça, no Rio, como vem sendo feita desde que se instituiu a disputa por pontos corridos. Inclusive nos anos em que o São Paulo sagrou-se campeão (jogando bola).

Para não falar apenas das vezes em que o Vasco foi prejudicado clamorosamente – como no gol mal anulado e no pênalti claríssimo não marcado contra o Santos na última rodada, quando o jogo ainda estava 1x0 para o Peixe – e parecer que estou apenas chorando como torcedor, vou falar do Botafogo.
E vou falar de um jogo que o Botafogo ganhou! Assim, não há a menor possibilidade de confundir com choro, mesmo.

No jogo contra o próprio Corinthians, no segundo turno, que este perdeu por 2x0, aconteceram duas situações, no mínimo, inusitadas.
Primeiro, o gol anulado por impedimento. Não vou explicar a regra do impedimento, mas existe uma premissa básica para que ela seja aplicada, que é o jogador lançado (e impedido) estar à frente da bola. Se a bola vem para trás, do fundo, por exemplo, não existe impedimento. Pois bem. Na jogada à qual me refiro, o bandeirinha marcou impedimento no momento que o jogador do Botafogo estava na linha de fundo tocou a bola para trás – e não foi pouco, tipo, quase para o lado, não, foi muito para trás. A arbitragem inventou o impedimento.
A outra situação bizarra deste jogo foi a expulsão do Cortês. Se alguém se lembra, ele foi expulso pelo segundo amarelo, numa falta que o cartão era realmente merecido. O que há de errado, então? Alguém se lembra de como ele levou o primeiro amarelo?
Agora tente se lembrar de algum jogador no futebol mundial punido com cartão amarelo por retardar a cobrança de lateral.
Vai tentando. Pesquisa no Youtube, no Google, na Wikipédia.
Não achou? Pois é.

A maioria dos comentaristas de TV, certamente por orientação dos editores, colocam panos quentes na situação e os mais “ousados” dizem que é conseqüência de má qualidade da arbitragem, e não de favorecimento deste ou daquele.
Convido os comentaristas a assistirem o VT de Internacional x Fluminense, na última rodada. Não teve arbitragem ruim. Não teve erro clamoroso para o lado A ou B. A expulsão foi justa, dentro da regra. Por que será?

Vão dizer que é exagero meu achar que isso aconteceu porque Inter e Flu brigam numa posição um pouco mais abaixo da liderança e que qualquer resultado teria o mesmo efeito para o time do presidente Lula?
Ora, façam-me o favor!

Futebol Capixaba (sim, existe)

Quando era mais novo, meu amigo Bernardo me convenceu a ir assistir um jogo da Desportiva, no Engenheiro Araripe.
Gostei. Acompanhamos juntos alguns campeonatos capixabas – além do Bernardo, Serjão e Ney sempre iam, e não posso deixar de citar o Coquinho, mas a ida dele daria um novo post. É verdade, a cerveja no estádio, hoje proibida, era um grande incentivo à nossa freqüência, mas acabei me transformando num torcedor da Desportiva Ferroviária.

Este ano resolvi levar meu filho a um jogo. Ficamos perto da torcida Grenamor (para quem não sabe, a cor da Desportiva é o grená) e ele, que gosta de futebol tanto quanto eu ou mais, adorou. Não faltamos a mais nenhuma partida disputada em casa, acompanhando a Tiva à final da Copa ES. Não sei se ao título, pois escrevo antes do primeiro jogo da final, mas espero.
Eu sempre gostei do clima de estádio de futebol, e acho que o Dudu também. Não consigo ir a um estádio e não torcer, não vibrar com as jogadas, reclamar da arbitragem, etc. Eu me divirto muito indo a estádios.
Mas agora na Copa ES vi se repetir no futebol capixaba o que temos visto no brasileiro em geral: interesses financeiros sobrepujando o esporte, a competição, os atletas.

Na penúltima rodada da primeira fase, quando Rio Branco e Desportiva, no mesmo grupo, tinham chances de classificação para a final, a equipe capa preta fazia seu último jogo, justamente contra o maior rival. O Rio Branco só conseguiria se classificar se vencesse. Já o time grená poderia perder e apenas empatar na rodada seguinte e estaria classificado – talvez até perdendo o jogo seguinte, dependendo de outros resultados, estaria classificado.
Pois o juiz da partida que deveria ser o maior clássico do nosso futebol – que é fraco, sim, mas que situações como essa fazem piorar bastante – sabia disso. E sabia também que o Rio Branco é o time de maior torcida no ES. Ou seja, Rio Branco fora da fase semifinal significaria menor arrecadação.
Depois que o Rio Branco fez 1X0 eu vi situações em campo que são dignas de vergonha. Quem assistiu aquele jogo não tem mais o direito de usar os hermanos para falar de catimba, pois o que o time do Rio Branco fez, apoiado pelo juiz, nem mesmo na Bombonera se vê. Contusões supervalorizadas, atraso nas cobranças de laterais ou tiros de meta, tudo isso é normal, corriqueiro no futebol. Mas foi exagerado.
A ponto de, antes do gol, um jogador ter se contundido bem próximo à linha lateral e o juiz tê-lo corretamente orientado a sair sozinho de campo (rolar para o lado), para que o jogo continuasse sem atrasos. Depois do gol, pelo menos mais três situações similares e o juiz autorizou a entrada dos médicos e posteriormente da maca.
Os atrasos do goleiro para bater tiro de meta seriam punidos com cartão amarelo em qualquer campeonato do mundo – e não estou falando de uma ou duas vezes – e o juiz sequer teve aquela conversinha “de migué”, para fingir que estava levando a aprtida a sério.

Mas a minha indignação não é, ao contrário do que parece, de torcedor grená, não. Pois eu sabia que algo seria feito e a Desportiva também não ficaria de fora da semifinal. E, na verdade, ela já estava garantida. O jogo seguinte em que precisaria de um empate seria contra o Capixaba, time que já havia se desmanchado desde a rodada anterior, sem chances de disputar nada na copinha. Ou seja, com os três pontos da Desportiva garantidos por WO, não haveria problemas em beneficiar o Rio Branco e colocá-lo na semifinal.
Eu particularmente acharia ótimo termos Rio Branco, Desportiva, Serra e Vitória fortes no próximo Capixabão, bem como o Linhares, o finado Estrela e outros times do interior. Mas este não é o meio de fazer isso.

Desportiva e Vitória fizeram uma das semifinais e a Locomotiva Grená não teve facilidade para passar pelo Vitorinha, mas foi um jogo justo. Erros de arbitragem podem ter acontecido, mas foram erros, não um favorecimento absurdo como antes.
O que me consola em termos de justiça é que, do outro lado, a boa equipe do Real Noroeste derrotou o fraco time do Rio Branco e fará a final contra a Desportiva.
E antes que meus amigos riobranquenses reclamem, digo que o time era fraco e é só olhar a tabela e os resultados para comprovar isso. O time se classificou sem ganhar jogos – acho que só um além daquele que foi dado de presente, na última rodada.

Mas, mesmo reclamando, como eu sou um fanático por futebol e agora encontrei nova companhia, parece que ano que vem serei figurinha fácil nos Jardins de novo. O que, para quem acompanha este brasileirão de cartas marcadas, não será nenhum sacrifício.

Verborragia

Ouvi essa palavra do Dinho pela primeira vez, adorei e adotei.
E é perfeita para o que estou tendo agora. Se você tiver paciência, vai perceber...
Muito tempo sem atualizar o blog, mas uma jornada de, por enquanto, CINCO horas dentro do mesmo avião vai me ajudando a colocar os assuntos em dia.

Divirta-se. Ou não, mas se possível comente, ainda que criticando.

sábado, junho 04, 2011

Covardia!

Foi isso que li nas páginas de A Gazeta de hoje (04/06/2011) - e, apesar do comentário ser relacionado às manifestaçōes de estudantes, não estou falando da ação truculenta da polícia, mas da postura covarde do jornal e de algumas entidades estudantis.
Basta ler a edição de ontem e a dehoje apra saber do que estou falando.
Coloque as duas, uma ao lado da outra e comece pela capa. Nem precisaria abrir os jornais para entender que, ao perceber que a população não apoiava a polícia e o governo na mesma medida que o jornal o fez no dia anterior, o veículo mudou o tom.
Mas pegue a edição de hoje e olhe a coluna "Da Redação", na página 2. Ali está escrito, em outras palavras: somos covardes e não aceitamos críticas.
Perceba na mesma página como muda o tom até das "Tuitadas", que são selecionadas pelo jornal.
Na página 3 de ontem, a foto usada para indicar que alguns manifestantes foram detidos é do vendedor de pastel Rafael - assim identificado na edição de hoje, relatando um erro da polícia ao prender o rapaz. A Gazeta não se desculpa pela legenda errada em momento nenhum!
Mas na minha modesta opinião, o que coroa a "imparcialidade" do jornal está na página 07 da edição de hoje (04/06). Em nome da tal imparcialidade e para se defender, corroborando as próprias palavras "Entre a conivência e a omissão, ficamos com o jornalismo", o topo da página traz uma declaração do governo e outra dos estudantes.
Perfeito, não?
A menos que você tenha lido o jornal do dia anterior, onde as entidades "ouvidas" adotaram uma postura tão covarde quanto a do jornal ao declarar que nada tinham a ver com o movimento.
Resumindo, diretorias do Grêmio Ruy Barbosa, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas tiveram amesma postura do jornal A Gazeta - num dia, "eu não apoio e nem tenho nada a ver com isso". No outro, com a população tendo tomado partido, "o movimento é nosso"!
Prezados jornalistas de A Gazeta e falsos líderes do movimento estudantil supracitados, tenham, no mínimo, vergonha na cara!

quinta-feira, junho 02, 2011

1 ano sem terno (Culpa do Sabonete)

Essa história poderia começar em vários eventos diferentes, mas vou começar lá no ano 2000, quando fui para São Paulo e comecei a usar terno para trabalhar.
Depois que voltei, nas empresas em que trabalhei e o terno não era exigido, acharam uma boa ideia e ele passou a ser o traje oficial.
Resumindo, de lá pra cá, foram mais de dez anos usando terno quase todos os dias. Não é exagero, pois nos últimos anos, trabalhando no mercado imobiliário, não tinha muito essa de fim de semana.
Apenas para registrar, o terno não me incomodava. Além do costume, sempre entendi e defendi o uso do terno por razões diversas que não cabe explicitar agora.
Em meados de abril de 2010 me desliguei da Lopes e um tempo depois comecei na Incortel, onde não uso mais terno. Daí o título.

Mas o que o Sabonete tem a ver com isso?
Primeiro, para quem não sabe, Sabonete é o outro nome do Gustavo, diretor de atendimento da Lopes. Não é apelido. Para muitos é nome, mesmo, porque tem muita gente que o conhece e nem sabe o nome de batismo.
E foi por culpa dele que eu interrompi uma sequência de mais de um ano sem usar terno. Coloquei um terno no último sábado, 21 de maio de 2011, para atender ao convite que recebi dele e da Cláudia para ser, junto com a Fabiana, padrinho de seu casamento.
Fabiana e eu ficamos muito emocionados e lisonjeados com o convite, felizes de verdade. E é óbvio que aceitamos.

Gustavo, ou Sabonete, é um cara fantástico. Amigo de muitos, mas amigo como poucos.
De família traz algumas características louváveis, como o excesso de zelo com o outro, uma preocupação legítima, verdadeira, com aqueles de quem se gosta. A gente percebe isso na Flavinha, no Harris, na D. Wilma e no Sr. Pedro. É de berço, mesmo. A família já merece um carinho especial por isso.
Mas no caso do Sabão - Fabiana acha impressionante como alguém pode ter um apelido do apelido - tem outras coisas que me fazem admirá-lo ainda mais.
Antes de entrar no mercado imobiliário conversei com duas pessoas, uma delas o próprio. Então não seria errado dizer que ele também é meu padrinho.
Depois, num dos pontos mais altos da minha carreira (e terei outros), ele estava lá me "apadrinhando" de novo, para a minha entrada e minha "ascenção meteórica" na Lopes.
E aí eu conheci de fato o Gustavo profissional. Não surpreendeu notar que trouxe de casa ensinamentos - atencioso ao extremo, dedicado ao extremo, competente ao extremo.
Conhece o mercado e conhece corretagem como poucos, mas tem humildade suficiente para aprender sempre mais, com todos que o cercam. Sem se cansar de ensinar, o tempo todo, aos que passam por ele.
Exemplo. Do tipo "quando eu crescer, quero ser igual a ele".
Tá bom, trabalhando um pouco menos, se possível, pois ele exagera.

Sabão, queria deixar esta mensagem aqui para você dizendo que sou grato pelo convite e pela honra de ser seu padrinho de casamento, mas que eu já era grato antes, por tudo o que fez por mim profissionalmente. Devo muito a você e tenho certeza que tem um monte de gente que gostaria de pegar carona nestas palavras.

Por fim, como bom padrinho, que Deus abençõe a vida de vocês. Sempre.
Obrigado por tudo!

segunda-feira, maio 23, 2011

Rio

Como é bonito chegar ao Rio pelo Santos Dumont, não?
Difícil expressar isso em palavras. E olha que eu não sou nenhum grande fã do Rio - claro que acho a cidade linda - mas a chegada é belíssima.
Mais ainda num fim de tarde de céu claro, como cheguei dessa última vez.
Agradável! Acho que é a melhor palavra.

domingo, maio 22, 2011

Medo de avião?

Você já foi à Bahia, nega? Não?
E de Vitória para o interior de SP voando de Trip?
Pois é. Eu fui. Interessante a viagem.
Não tenho medo de voar - nenhum mesmo. Mas a sensação do vôo em aeronaves menores é muito diferente.
Voei o primeiro trecho num Embraer 175 e o segundo num ATR-42.
O primeiro está na categoria de jatos, voa a mais de 900km/h numa altura de até 41 mil pés e leva 86 passageiros.
O segundo é o chamado turboélice - isso mesmo, daqueles que têm hélices nas asas -, voa a 450km/h a 25 mil pés levando de 45 a 48 passageiros.
O jato é menor que os que eu estava acostumado, e no vôo ele balança um pouco mais. As mudanças de direção ou altura parecem ser mais sentidas.
O turboélice... Bom, aí as diferenças aumentam bastante.
Menor ainda do que o jato, é claro, balança desde a decolagem. E eu não sei se por voar mais baixo ou se é cisma, mas a impressão que tive foi de um desafio perene durante o vôo - parecia que ele não devia estar ali, que não conseguiria, mas insistiu. Isso não soa encorajador, né?
Na verdade, eu lembrei de algumas situaçōes de filmes de aventura, o que nunca é bom quando você está num avião. Mas a decolagem com a impressão de instabilidade ainda no solo lembra aqueles bimotores que fazem vôos clandestinos pela América do Sul. O interior do avião - pelo tamanho e sensação de aperto, não pela conservação ou tecnologia - lembra aviōes mais antigos. Subindo, passamos por nuvens e a luz meio azulada piscando criava um efeito junto a elas que pareciam aqueles cenários de vôos turbulentos em meio a tempestades - a luz azulada remetendo a raios e o balanço comum da subida à turbulência daquelas situaçōes. O barulho incomoda - principalmente se você está lá na frente, pertinho das hélices, como o marinheio de primeira viagem que vos escreve - e reforça a impressão de que trata-se de um vôo sacrificante.
Ainda assim, eu não senti medo. De verdade.
E a melhor parte da viagem ficou por conta do serviço de bordo, que me surpreendeu, pois confesso que embarquei esperando amendoim e barrinha de cereais - e olhe lá!
Massa, palitinhos de frango empanados e docinhos no primeiro trecho e um lanche com pãozinho, queijo branco e peito de peru na sequência. Muito bom.
Viajarei mais de Trip.

Adoro futebol.

Dia desses precisei de alguns minutos para entender algo que não é, definitivamente, uma novidade: eu adoro futebol.
Já tive essa constatação diversas vezes, como a primeira vez que fui ao Mineirão, por exemplo. Era menino. Tinha mudado há pouco tempo para Belo Horizonte e não torcia para os times de lá. Fui com um vizinho e os filhos dele assistir justamente um Atlético X Cruzeiro e fiquei na arquibancada. Meio do primeiro tempo eu já gritava o nome do time, xingava o juiz e o adversário, empolgado com a festa da torcida. Continuei não torcendo para nenhum dos dois, mesmo depois disso, e percebi que ali eu estava torcendo era pelo futebol.
Mas essa outra história aconteceu recentemente.
Para quem não sabe, moro bem próximo ao campo do Santa Cruz, aqui em Vitória. Num sábado pela manhã fui deixar o carro para lavar e ao voltar andando passei ao lado do campo, onde acontecia um jogo entre o Santa Cruz e outro time que não sei o nome.
Eram garotos, deviam ter entre 15 e 17 anos, e eu não conheço (pelo menos não reconheci) nenhum deles - nem do time da casa e nem do visitante.
Parecia um jogo de campeonato ou algo assim - uniformes, juiz, súmula, treinadores agitados na lateral do campo, torcida e o escambau!
Enquanto eu caminhava ao lado do campo - a grade de proteção de um dos lados é a divisa com a rua -, o lateral esquerdo tentou um lançamento em profundidade para o atacante daquele lado, mas a defesa tirou a bola para lateral.
Parei pra ver.
Cobrança efetuada, o atacante recebeu, tirou um adversário da jogada quando ajeitou a bola para a perna direita e finalizou. Firme, mas sem a direção ideal, o chute saiu ao lado do goleiro, que só acompanhou.
Pois é. Nem foi gol, nem uma grande defesa. Não vi uma jogada de craque. Não tive a impressão de ter encontrado uma nova promessa para o futebol brasileiro. Nada disso.
Mas parei por alguns minutos e fiquei acompanhando. Tive ímpeto de ficar e ver mais, mas tinha jogo de Beach Soccer na TV. Qualquer sábado desses eu volto.

Futebol é ou não uma caixinha de surpresas?

No dia 11 de maio de 2011, uma quarta-feira, o Flamengo foi desclassificado da Copa do Brasil pelo Ceará e o Palmeiras pelo Coritiba.
No dia seguinte o Vasco sofreu bastante para se classificar contra o Atlético Paranaense e o São Paulo caiu diante do Avaí.
Já virou senso comum dizer que não existe mais bobo no futebol, e que camisa não ganha jogo, mas numa análise fria e considerando história dos clubes, as chaves deveriam ter resultados diferentes, certo?
Importante ressaltar que o Palmeiras, por exemplo, perdeu para um Coritiba que, até então, era disparado o melhor time do Brasil em resultados - 29 partidas invicto e uma sequência de 24 vitórias consecutivas no ano, um recorde. Mas era o Palmeiras do Felipão e, cá entre nós, SEIS a zero não se justifica.
Mas eu reparei uma outra coisa nesses resultados. Entre os quatro treinadores classificados, estão o Mancini e o Silas, demitidos há pouco tempo por Vasco e Flamengo respectivamente. Neste, trocado pelo atual treinador.
E se o Vasco não tivesse se classificado (o que quase aconteceu), teríamos no grupo ainda o Adilson Batista (ATL-PR), recém dispensado pelo Santos. Seria ainda mais "interessante".

Enquanto isso, Sir Alex Fergusson vai decidir a UEFA pelo Manchester contra o todo-poderoso Barça. E, pasmem, não deve perder o emprego se perder o título!
E para ficar nos menos famosos, Kenny Dalglish teve seu contrato renovado com o Liverpool por mais três anos após o fim do campeonato inglês. O time dos Beatles ficou em quinto.
Ainda para ilustrar, o quinto colocado do Brasileirão 2010 já teve três treinadores diferentes só este ano (e ainda estamos em maio). Trata-se do Atlético Paranaense, que já teve em seu comando entre grandes treinadores nada menos que o alemão Lothar Matthäus (2006).

Pois é... Enquanto se discute taça de bolinhas, nossa bolinha vai ficando cada vez mais murcha por falta de profissionalismo.

domingo, março 06, 2011

A Gazeta e o Twitter II

Dia desses vi na página 2 do jornal A Gazeta a reprodução de um tweet que me deixou chocado.
Era uma piadinha sobre o filme Bruna Surfistinha.
Se a piada era de mal gosto ou não, não cabe a mim julgar, mas não acho normal um jornal divulgar em suas páginas um texto com aquele tipo de linguagem.
Sou careta? Pode ser. Mas então vamos analisar por outro ângulo.
Na mesma edição, a capa do Caderno2 trazia uma matéria protestando contra o uso de palavrões na TV.
Se não foi falta de bom senso publicar o tweet, sem dúvida faltou coerência.
Ou, como eu disse no meu twitter a respeito disso, falta mesmo é um grande jornal no ES.
Uma pena.

A Gazeta e o Twitter

Quando abro o jornal diariamente (eles já conseguem me entregar agora) e vejo aquela seção com tweets diversos, penso em duas coisas:
1 - Eles deveriam fazer uma triagem e evitar publicar textos com erros de português. Mas, se eles nem fazem esta triagem para os textos jornalísticos que publicam, seria pedir demais.
2 - Como já ficou claro e eu comentei no outro post, eles não fazem nenhum tipo de monitoramenteo de mídias digitais. Então penso: de onde exatamente vêm aqueles tweets, e como são escolhidos?
Quase diariamente vejo mensagens de conhecidos e de pessoas que sigo.
Esses dias vi publicada ali uma mensagem que eu havia lido dias antes.
Ou seja, sem critério, sem velocidade, sem ineditismo. Aquilo serve pra quê, exatamente?

A Gazeta e Cesan - quem é a empresa de mídia?

Há algum tempo atrás publiquei aqui um texto falando do jornal A Gazeta, na época criticando algo relacionado a conteúdo. Depois, bem recentemente, falei do serviço de assinatura. Nas duas vezes mostrei insatisfação.
Também há pouco tempo falei sobre a CESAN e a burocracia de um processo interno - que, aliás, demorou bem mais do que o previsto, mas foi resolvido.
Nesta ocasião, recebi um contato com bastante rapidez de um funcionário da estatal que, em seu trabalho de monitoramento das mídias digitais descobriu meu problema e ofereceu ajuda.
Nunca aconteceu com A Gazeta.
Ou seja, eles não fazem, ao contrário da CESAN, monitoramento de mídias digitais. Surpresa? Pode ser para mim ou para você, mas não para meu amigo Antônio Carlos Soella, diretor da VGA Informática.
Dêem uma olhada no relato de um amigo comum, o Bernardo:

"Pepê, o nosso folclórico amigo Soella uma vez teve um problema parecido...
Ele fez a assinatura com a garantia que o jornal chegaria as 6:30, pois ele saía cedo para trabalhar em Aracruz. Como o acordado com o jornal não foi cumprido, o jornal só chegava após as 7:30, ele tentou por várias vezes cancelar a assinatura. De que adiantava ler o jornal do dia de noite? Como não conseguia cancelar a mesma, ele comprou um anúncio nos classificados do mesmo jornal vendendo sua assinatura, achando que com esse ato, a redação ou alguém que faça um controle do que é exposto filtrasse o anuncio dele e entrasse em contato...
Não é que o anúncio vendendo uma assinatura de A Gazeta foi publicado nos classificados de A Gazeta?
Alguns dias depois alguém do comercial entrou em contato com o Soella.... Provavelmente avisado pelo vizinho, que lê o jornal."

Coloquem a Taça das Bolinhas na B...

Apesar da presidenta Patrícia Amorim ter dito que a Taça não é importante (mas que vai brigar por ela até o fim), eu acho que é isso que deve ser feito:
Coloquem a Taça das Bolinhas na B... bela sala de troféus do FRAmengo, na Gávea (não coube tudo no título).
E digo isso por uma razão muito simples.
Imagine o pai Framenguista indo visitar a sede do clube com seu filho, menino inteligente e dedicado às aulas de matemática. O moleque vai correr a sala duas, três vezes, contando os troféus e não vai achar os seis de que seu pai sempre falou. Vai colocar em cheque sua capacidade matemática ou a honestidade do pai. Injusto.
(Baseado em fatos reais)

O próximo campeão brasileiro

Acho que o próximo Campeão Brasileiro vai ser o Malutrom. Ou o Juazeiro. Ou ambos.
- Mas o Malutrom não vai disputar o campeonato de 2011.
E quem disse que precisa disputar o próximo campeonato para ser o próximo campeão? Se o Framengo acabou de ganhar o campeonato brasileiro de 1987...
Para quem não sabe, em 1987, o campeonato foi dividido em módulos. O Sport foi o campeão de um módulo e o Framengo de outro. Este pipocou e não disputou o cruzamento. E agora virou campeão, junto com o Sport.
Aí que entra o Malutrom! Em 2000, a fórmula foi parecida, mas ninguém disse aos clubes que não precisava disputar o cruzamento para ser campeão, então eles se submeteram a estas partidas sem a menor necessidade.
Sendo assim, acho muito justo que o título de 2000 seja dividido entre os vencedores dos módulos Azul (Cruzeiro), Amarelo (São Caetano), Verde (Juazeiro) e Branco (Malutrom).
Com isso, o Vasco, que não fugiu dos confrontos, não "pipocou", seria prejudicado. Mas aí, sugiro criar a Taça dos Quadradinhos, ou a Taça dos Losangulinhos e dar ao Vasco. Como o primeiro time a ser campeão brasileiro...
Ah, sei lá por que motivo, mas seria injusto dar um título para os pipoqueiros da Gávea e deixar São Januário a ver navios. Ou caravelas, talvez.
A questão é que, se os rubro-negros têm, Malutrom e Juazeiro também têm direito ao seu título de campeões brasileiros!

O Framengo é campeão de 1987 e eu sou um idiota.

A CBF, através do todo-poderoso Ricardo Sarney Berlusconi Kadafi Teixeira, ignorou decisão judicial contrária e reconheceu o título do clube da Gávea de 1987. Junto com o Sport - ou seja, 1987 tem dois campeões.
E por que eu sou um idiota? Por que discuti esse tempo todo com Framenguistas que nunca tiveram certeza do título - se tivessem, não haveria tanta comemoração em Twitters e Facebooks e até no falecido Orkut.
Desisto, não discuto mais nem essa e nem a Copa Toyota!

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Brasil x França III

Eu ainda não tinha visto o Hulk jogar. Nem vi hoje, pois o Mano Menezes o colocou em campo faltando pouquíssimos minutos. Mas pelo pouco que eu vi, percebi o seguinte: trata-se de um jogador alto e muito forte, que jogou com muita vontade e disposição - características muito positivas principalmente para um centroavante, como é o caso dele. Isso é bom.
É, mas se por um lado ser alto e ter vontade é importante, por outro, aquele gol que ele perdeu certamente teria sido diferente se ele fosse um centroavante baixinho, que jogava com muita preguiça, não gostava de treinar, e tal...
Dá saudade do Baixinho nessas horas, não dá não?

Brasil x França II

Acabou o respeito.
Quarenta e poucos minutos do segundo tempo, França ganhando do Brasil, que jogava com um a menos. O meio de campo francês atrasa uma bola para a zaga e a torcida francesa vaia!
Queriam ir pra frente, queriam mais gols. Acabou o respeito pela amarelinha...

Brasil x França I

A seleção da França hoje humilhou a do Brasil.
Não, não vi o jogo, só os melhores momentos. Mas le bleu entraram em campo com uma camisa retrô lindíssima, ao contrário da seleção canarinho, que estreou um uniforme bastante feio - a faixa no peito não faz sentido e o que são aqueles números?
No placar, França 1x0; no figurino, França 10x0.

domingo, janeiro 30, 2011

A saga da assinatura de jornal

Já contei do esforço que tive que fazer para ser assinante de A Gazeta?
Uma menina do telemarketing deles me ligava insistentemente. Com educação, com bom senso, mas foi insistente - ponto pra ela. Resolvi assinar.
Passei todos os meus dados e, ao final, a supervisora veio conferir alguns dados, certificar-se de que eu tinha entendido as condições e me dar as boas vindas como assinante. Atendimento muito bom. O jornal chegaria em até quatro dias.
Não fiquei acompanhando o prazo, e um dia liguei perguntando se já deveria ter chegado. Mais uma vez fui muito bem atendido, e a moça explicou que o jornal deveria começar a chegar naquele dia, que iria acompanhar para que a entrega acontecesse a partir do dia seguinte.
Eu entendi que ela iria acompanhar internamente, via algum sistema, falar com a empresa que faz as entregas ou algo assim.
No dia seguinte o telefone tocou por volta das 7h30 - era uma moça do jornal, querendo saber se meu exemplar tinha chegado. Não, não tinha.
Essa rotina, com pequena variação de horário e exceção do domingo, continuou por toda a semana seguinte. Isso mesmo, no sábado inclusive. Neste dia eu não tinha a resposta, acabara de ser acordado por ela, mas ligaria assim que tivesse a notícia, como fiz - não chegou.
Numa das vezes que ligaram, pedi para falar com a supervisora, já que ela havia me dado as boas vindas, talvez pudesse me atender também para tratar do problema - e ela atendeu. Prometeu que daria uma solução até o meio-dia. Quando cheguei em casa para o almoço, lá estava o jornal - havia chegado por volta de 11h, 11h30. Pensei: moça competente essa!
Que nada. No dia seguinte não chegou de novo. Ou seja, ela mandou entregar o exemplar do dia, mas não resolveu o problema da entrega.
Num outro dia, acho que uma segunda-feira, quando voltaram a ligar, pedi para cancelarem a assinatura, pois aquilo só estava servindo para eles me ligarem diariamente e, na verdade, eu achei que tivesse assinado um jornal e não uma espécie de serviço de despertador.
Perguntei à moça se eles têm alguma briga interna entre quem vende assinatura e quem entrega, pois na minha visão seria muito mais fácil eles se falarem e entenderem se meu jornal foi entregue ou não e qual o motivo. Mais fácil do que me ligarem.
Por fim, dei uma sugestão: disse para evitarem esta prática de ligar para o cliente e checar se o jornal chegou. Afinal, todas as vezes que me ligaram, eu lembrava da incompetência deles e aquilo me irritava, coisa que não aconteceria se eles simplesmente me esquecessem.
A moça não tentou me demover da idéia de cancelar. Viu que eu já estava decidido e continuava irritado com o jornal. Me prometeu que seria cancelada e que nada seria cobrado de mim. Disse ainda que alguém entraria em contato dali a quatro dias para confirmação do cancelamento.
No dia seguinte chegou o primeiro jornal. Até hoje já foram entregues cinco. Ninguém me ligou para confirmar o cancelamento. Eu não liguei para "cancelar o cancelamento".
Acho que vou escrever para a "Dona Encrenca" (coluna de reclamações dos leitores do jornal A Gazeta) e contar a história.
Se bem que é melhor não arriscar - eles podem entender que estou reclamando do não cancelamento e eu fico sem jornal. Deixa quieto.

Antônio Carlos Maciel

Se você colocar o nome dele no Google, dificilmente vai achar a pessoa de quem quero falar. Ele não aparece muito facilmente nas buscas.
Assisti há pouco na ESPN Brasil um documentário sobre atletismo que incluía a história deste jovem atleta - confesso que não vi o programa inteiro. Parece que tem a segunda melhor marca do Brasil no arremesso de dardo. Mora num barraco construído de forma clandestina à beira de uma rodovia. Desde que nasceu, há 17 anos atrás.
Aliás, aqui cabe um parêntese: a Prefeitura de Sertãozinho paga (ou pagava, não sei) salário a este atleta, que tem como endereço um barraco, construído às margens de uma rodovia em condições absurdamente arriscadas. Depois, quando acontece Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e tantas outras catástrofes que já vimos, a culpa não é de ninguém.
Na história deste atleta, absurdos como ser analfabeto funcional e mesmo assim ter cursado até a quarta série e o fato de ter sido amamentado durante cerca de um mês por uma cachorra que havia perdido a cria. Você achou graça? Ficou chocado? Não precisa, pois, segundo ele, "vida de pobre é assim mesmo".
No mesmo programa, uma reportagem sobre a nossa melhor esgrimista, que recebe um salário de R$ 2.800,00 por ser a número um do Brasil em um esporte olímpico - aliás, um esporte considerado de elite.
Tudo isso num país que vai sediar as Olimpíadas em 2016!
Enquanto a gente chamar as histórias do Antônio Carlos e de milhares de outros atletas brasileiros de "história de superação", ou de "exemplo de um povo guerreiro", em vez de chamar de falta de estrutura, pouco caso e até, por que não, falta de vergonha na cara de políticos e das pessoas que comandam o esporte neste país, não vamos a lugar nenhum.
Joaquim Cruz deu uma entrevista dia desses que vale a pena ser lida. Medalhista olímpico (ouro e prata) e duas vezes campeão panamericano, o ex-corredor vive nos EUA desde muito novo. Teve condições de, na época, mudar-se para lá para treinar e hoje tem nos EUA, terra de grandes atletas e de vários medalhistas olímpicos, uma valorização como profissional que até hoje ainda não teve no Brasil.
Na entrevista exclusiva ao Estadão (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110125/not_imp670794,0.php) o ex-corredor fala de coisas que são óbvias, já foram ditas diversas vezes por diversas pessoas, mas parecem não ser ouvidas.
A gente ainda prefere a história do menino de favela que cresce graças ao futebol e vira ídolo. Ou, pior, os competidores de atletismo que, mesmo depois de alcançarem o topo no seu país, continuam vivendo em situação de total miséria.
E tendem a ter uma história como a do João do Pulo, que morreu na miséria aos 45 anos, depois de ser recordista mundial no salto triplo - marca que demorou dez anos para ser batida.
Mas a gente não lembra disso. A gente só vê o Jadel, a Fabiana, a Maureen, que também tem belas histórias, mas que hoje estão no topo. E então se emociona, bate no peito e, hipocritamente diz: "Eu sou brasileiro e não desisto nunca!"

sábado, janeiro 29, 2011

Will.i.am na Intel

Deu no New York Times!
Mentira, eu li noutro lugar, mas sempre quis usar esta frase.
O cantor, produtor e líder da banda Black Eyed Peas, Will.i.am, é o mais novo contratado da Intel - e não é como garoto propaganda. O músico vai ocupar o cargo de “Diretor de Inovação Criativa” na companhia. A Polaroid já havia contratado a Lady Gaga para uma função semelhante.
Sabe o que eu acho disso? Nem eu sei... Não sou contra e nem a favor. Como diria o amigo Juarez Gustavo, "muito antes pelo contrário".
Por um lado acho interessante que estas empresas queiram buscar em celebridades tão ligadas aos jovens no mundo todo, e que são seguidas por muitos deles, idéias de inovação. Para mim, faz todo sentido.
Por outro lado, fiquei pensando em milhares de garotos, norte-americanos principalmente (pois é onde estão as empresas), que acabaram de sair da faculdade paga com muito esforço e planejam iniciar uma pós-graduação, MBA, fazem cursos para aprender inovação, participam de milhares de palestras sobre criatividade, tudo isso para um dia ter um cargo de diretor numa grande empresa. Como a Polaroid, ou a Intel.
Será que eles estão amaldiçoando os pais que os fizeram largar aquela banda de garagem para se aplicar mais aos estudos?

Mas, contra ou a favor, achei ótimo o parágrafo inicial do texto do site GIZMODO (www.gizmodo.com.br) sobre este assunto:
"Primeiro a Polaroid contratou a Lady Gaga como Diretora Criativa, agora é a vez da Intel dizer que o will.i.am, do Black Eyed Peas, é seu novo “Diretor de Inovação Criativa”. Em algum lugar do Brasil, Joelma e Chimbinha estão olhando para seus telefones, no aguardo de uma ligação da Positivo."

WikiLeaks x Zuckerberg

Li uma frase esses dias, colocada no Twitter pelo Vitor Souza (sujeito inteligente, frases inteligentes) que foi atribuída ao Julian Assange, do Wikileaks e que eu achei genial:
“What is the difference between Mark Zuckerberg and me? I give private information on corporations to you for free, and I am a Villain. Zuckerberg gives your private information to corporations for money and he’s Man of the Year.”
Depois, olhando na internet, fiquei em dúvida se a frase é mesmo do Assange ou se foi do pessoal do Saturday Night Live, mas não deixou de ser genial por isso.
Sinceramente, acho o Zuckerberg um perfeito idiota. Não tenho nada contra o Facebook - muito pelo contrário - inclusive, faço parte da rede.
Mas daí a Personalidade do Ano, a Time só pode estar brincando. Mesmo porque, segundo informações, o Julian Assange foi o eleito pelo juri popular, mas a revista resolveu dar o título para o Zuckerberg (que não foi o segundo colocado, ficando atrás, por exemplo, da Lady Gaga, entre outros).
Assistir ao filme fez com que a minha má impressão do Zuckerberg piorasse bastante, mas não é só isso.
Como eu disse, gosto e até tenho meu perfil no Facebook - apesar de não saber usar aquilo direito - mas tenho algumas reservas em relação ao negócio Facebook. Já falei disso aqui antes. Não acredito no modelo de negócio. É um custo altíssimo, com executivos muito bem pagos, instalações absurdamente bem localizadas, modernas, com tudo o que se tem direito e alguma coisa a mais, tudo isso bancado por dinheiro virtual.
É isso mesmo, dinheiro virtual, pois faturamento a empresa não tem.
Ah, a propaganda!
Bom, se você acabou de chegar no "cyberspace", saiba que essa fórmula já foi tentada MILHARES de vezes. Muito dinheiro já foi investido em sites que tinham sua promessa de receita baseada em venda de publicidade e, adivinha? Nenhum sobreviveu.
Surpresa? Para quem? Empresas de mídia tradicionais no mundo todo já sabiam que a publicidade já não estava mais segurando a onda. E se alguma coisa mudou de lá pra cá, foi pra pior.
A certa hora resolveram chamar aquilo de bolha da internet. Que bolha?
Bolhas são aqueles sujeitinhos engravatados dos bancos que davam dinheiro para outros sujeitinhos fantasiados de roqueiros de Seattle mas com cara de nerd sem sequer entender de onde viria a remuneração daquele capital.
Bolha é quem pensa ainda hoje que o Facebook é um grande negócio. Não é! É uma brincadeira muito interessante, que diverte todo mundo e que tem milhares de seguidores.
E se, por fim, você acha que o fato de ter milhares de seguidores é o que vai fazer dar dinheiro, até onde eu sei as pessoas que tinham seguidores morreram pobres.
Se bem que hoje em dia tem aqueles que mandam dinheiro para os EUA dentro da Bíblia, os que fundam uma rede de TV, assim como aqueles que, no passado, cobravam impostos, mandavam nos governos e mandavam queimar quem fosse contra as suas crenças, etc.
Será que daqui a pouco o Facebook vai por esse caminho? Quem sabe?

E por falar em modelos de negócios, digamos, duvidosos, eu ficaria de olho nos sites de compras coletivas. Sei não...

Polícia, jornal e a filha do Magno Malta

Ah, essa é boa!
Você já foi assaltado(a)? Quem te assaltou foi preso? Saiu no jornal?
Eu já sofri dois sequestros-relâmpago e há pouco tempo fui assaltado por uma dupla que me seguiu a partir da saída do banco. Mas até hoje nenhum dos casos teve solução. Nunca me disseram que alguém foi preso por isso. E nem repercussão, claro. Alguns de vocês que me conhecem e lêem o blog certamente nem sabiam disso.
Pois bem.
Dia desses a filha do Senador Magno Malta foi assaltada.
O bandido foi preso no dia, a notícia foi capa do jornal A Gazeta e saiu até no noticiário da TV da mesma rede.
O excelentíssimo Senador não estava em Vitória, então não falou sobre o caso.
Aliás, isso despertou uma dúvida - onde será que ele estava, se em Brasília ele também não aparece?
Mas por falar em aparecer, não parece uma coincidência? Gente "famosa" + mídia = solução.
Sem puxa-saquismo, a matéria escrita pelo Sr. Roberto Junquilho na edição de janeiro do jornal Empresários (Faroeste Capixaba) está muito interessante e fala um pouco disso também. É impossível não se indignar ao ler. Fica a sugestão.

Software mal-intencionado

Li esses dias em algum lugar alguma coisa falando sobre um software mal-intencionado. Senti que precisava comentar algo a respeito mas, fiquei sem palavras.
Software mal-intencionado. Tá bom...

domingo, janeiro 23, 2011

O futebol não é uma caixinha de surpresas

As pessoas insistem em dizer que o futebol não tem lógica. O Vasco do PC Gusmão está usando as primeiras rodadas do Carioca 2011 para provar o contrário.
Jogou a primeira contra o Resende e quando estava satisfeito com o empate, levou um gol. Perdeu.
Jogou a segunda contra o Nova Iguaçu e se comportou como time pequeno. Aceitou a pressão do adversário e tomou dois gols de cara.
No final do primeiro tempo, numa jogada infantil, desnecessária, o lateral direito do Nova Iguaçu deixou seu time com um a menos.
Jogando com um a mais, claro que o Vasco foi para cima, certo? É óbvio que o PC tirou um jogador de marcação e colocou um atacante, afinal, estava jogando contra o Nova Iguaçu e isso por si só já seria motivo para avançar o time. Mas tinha mais motivos ainda, pois estava perdendo o jogo e tinha um jogador a mais.
Quando falo em time pequeno não é uma ofensa ao Nova Iguaçu ou a nenhum outro. É que, para se ter uma idéia, tem jogador na reserva do Vasco ganhando mais do que toda a folha salarial do time de Nova Iguaçu.
Mas o treinador vascaíno preferiu esperar o intervalo para mexer e tirou um jogador de marcação do meio-campo (Allan) para colocar... Outro jogador de meio-campo.
Resumindo a história, o time melhorou, até porque seria impossível piorar, e prova disso é que o goleiro do Nova Iguaçu foi o destaque do jogo. Mas não foi suficiente. Empatou o jogo, mas tomou um gol no final do segundo tempo e terminou perdendo - exatamente como contra o Resende.
Assim como na primeira rodada, o Vasco jogou como time pequeno, covardemente, achando o empate um bom resultado. E deu a lógica - perdeu os dois jogos.
O regulamento do futebol mudou, com a vitória valendo 3 pontos em vez de dois justamente para incentivar os times a buscarem a vitória, mas ninguém avisou isso ao PC.
Espero que o time consiga melhorar até a Taça Rio, porque da Guanabara a gente já está fora.

Imprensa esportiva.

A imprensa tem coisas interessantes.
A imprensa esportiva, interessantíssimas.
No jogo do Fluminense contra o Bangu o goleiro tricolor Ricardo Berna fez uma defesa tão esquisita que eu tenho dificuldade de explicar. Ele bateu roupa no chute de fora da área e na hora que foi buscar a bola, se enrolou de tal forma que acabou jogando-a para trás. Se o centroavante do Bangu não estivesse dormindo, receberia a bola na frente do gol e sozinho, vinda do goleiro.
Narrador e comentarista exaltaram a grande defesa em dois tempos do herói tricolor.
Minutos depois, o goleiro do Bangu defendeu um chute de fora da área mas soltou e o zagueiro tirou o perigo.
O goleiro do Bangu "bateu roupa".

Em tempo, aproveitando que o jogo não é do meu time: entra ano, sai ano e a arbitragem continua a lesma lerda. Expulsão para compensar, pênaltis não marcados, jogadores esbravejando sem punição.
Mais um ano...